alexbruda Surge aos portões do castelo distante um monstro maldito chamado Discórdia cujo riso sanguinolento macula as alegrias que ficam na memória, trazendo versos à pena do poeta que lamenta sua amarga história, despida de amor, esperança, fulgor, isenta da sempre desejada glória. Com um golpe impiedoso da vida, disfarçada como o velho destino, o guerreiro da caneta se entrega a tudo aquilo que já foi escrito e àquilo que nunca vira palavra, e esperança vira um fio fino quase se partindo, seu mundo ruindo, seu mundo vazio, castelo maldito. Assim, a dor do poeta se escreve, a saudade se cria sozinha, livre, e empunhar uma caneta sangrenta vira obrigação daquele que vive para expressar no papel o que sente, a luz que sobre seu sorriso incide, a sua visão distorcida do mundo, a sábia falsidade na qual insiste. ___________________________ 22/10/2012 Provavelmente o poema mais complicado que já escrevi até hoje. Uma alegoria intrincada sobre as c...