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Mostrando postagens de julho, 2012

Adeus ao horizonte

boogy_man É hora de erguer a cabeça e dizer adeus ao horizonte; o pensamento voa para longe enquanto atravessa os oceanos num turbilhão de memórias vindouras rumo ao futuro brilhante. Prepare-se para o fim da vida, do mundo como você o conhece, pois tomaremos o mundo de assalto e nossa voz será ouvida. É hora de respirar fundo e saudar o destino com alegria; navegaremos nas marés vacilantes, na costura das fiandeiras, e Lá ninguém poderá conter nosso ímpeto de vitória. ___________________________ Marlon Weasdor, 17/07/2012

Viagem de uma vida

rolve Boa viagem, pequenino. O dia raiou, bonito, e sua mochila está pronta. Atrás daquela colina. Para lá que você deve ir, mas tenha muito cuidado. Você viajará na neblina, portanto seja forte. Há um prêmio para você. ___________________________ 11/07/2012

Alegoria

blogman Existem momentos cruciais nos quais os braços se cansam e as armas vão ao chão. É quando o fogo nos olhos se transforma em incêndio e devasta as colinas do ser. Existem momentos especiais nos quais a luta parece infinita e os pulmões falham de cansaço. É quando o semblante escurece, e você se sente derrotado, encolhido diante do mundo. Existem momentos banais nos quais os castelos desabam, caem no abismo do mundo. É quando você renasce, com um vigor rejuvenescido, pois o abismo é o berço da Terra. E nos momentos cruciais, quando as coisas especiais se apagam diante de banalidades, é hora de sair do abismo, deixar de ser humano e se aproximar dos deuses. ___________________________ Marlon Weasdor, 11/07/2012 Alegoria sobre dificuldades e persistência. Este poema é propositalmente alegórico, você só vai conseguir entender se colocar sua própria pessoa no lugar do eu lírico. E certamente a sua compreensão estrá restrita às suas experiências pe

Aγάπη

nyee Amigo da dor, irmão da paixão, ele caminha suave, sorrindo. Observa tudo em silêncio com seus olhos astutos e faiscantes, cheio de ironia e calor, mestre de todos os instantes. Desejado, amado, querido, primo do ódio, e sempre odiado. Tantos cedem, tantos se entregam, felizes ou desesperados, criam canções e danças para celebrá-lo, para recebê-lo. Divindade temperamental, sofisticado e imponente, não conhece a humildade nem mesmo quando religioso, e castidade muitas vezes é esquecida quando ele está por perto. Possui inúmeras máscaras, adequadas a ocasiões diferentes, e as usa para andar entre os seres, tocando-os com suas mãos quentes, acariciando as almas do universo sem distinguir mortais e imortais. É fraterno ao lado de pais e filhos; ardente quando vem depois com paixão; cristalino quando amadurece; selvagem quando está em fúria; gélido quando não é bem vindo; sem jamais deixar de ser leal. Não responde a ninguém, dono de todo o univ

Palavras de fogo

Etthiss Antiga é a minha força, o poder que me faz escrever, o impulso que me faz cantar. Doce, rubra insanidade, sempre tão profunda em meu ser, é sobre ti que irei falar. No passado, há muitos anos um grande ser veio ao mundo. Corpo de escamas coberto, suas asas rasgavam o céu. Ao som de seu grito profundo o destino era incerto. Nascido entre os antigos, grande força da natureza que se tornou um dos imortais, dominou o fogo eterno, o seu símbolo de nobreza, e reinou nas terras abissais. Feliz, abria sua asas no azul e jovem firmamento, voando livre em sua paz, até novos deuses surgirem, com seu parco conhecimento, deixando o Dragão para trás. Mas ele é forte, eterno. Salvou para mim sua ira, guardou as palavras de fogo, e através do véu dos mundos em mim sua alma respira à beira dum abismo novo. ___________________________ 04/07/2012

O quadro na parede

Alfi007 Na parede o quadro parece vivo, com seu verde gritante pontilhado de flores amarelas, e contra o céu azul, montanhas, tão grandes que rasgam as nuvens, enquanto pássaros felizes voam por ali, cercados por borboletas de tantas cores. Na parede o desejo, a ambição, uma certeza que vai perdendo a cor, além de minhas forças, fora do alcance. O quadro zomba de mim, tão brilhante. Me convida, mas ao mesmo tempo desdenha, certo de que jamais pisarei naquela grama, certo de não serei capaz. Em seu desafio mudo a paisagem divina desperta orgulho, incendeia meu peito antigo, acende as chamas da Caverna, de onde eu grito em fúria. Com as entranhas ainda quentes abandono meu repouso. O que meu coração diz é impronunciável, incompreensível, mas se ele usasse palavras, ele estaria gritando para eu voar bem alto, acima das nuvens, acima das esperanças, e invadir o quadro insolente. Lá, como em Lá , eu serei feliz. Naquela paisagem, que mesmo provocadora

Simplicidade

Ele escreveu um poema sem símbolos; ele compôs uma canção sem refrão; ele preferiu um verso sem rima. Para que ela entenda. Para que ela saiba. Para dizer que a ama. Ele desenhou um girassol sem contornos; ele dançou uma dança sem música; ele cantou uma balada sem tristeza. Para que ela conheça. Para que ela perceba. Para dizer que a ama. Ele sorriu um sorriso sem segredos; ele sonhou um sonho sem frustrações; ele falou uma frase sem dúvidas. Para que ela o ame. Para que ela o beije. Para dizer que a ama. ___________________________ Marlon Weasdor, 29/08/2011.

Nuvens

No céu escurecido surge uma luz pálida e fraca, um Sol jocoso. No horizonte as nuvens escuras persistem uma parede enorme e infinita que com desdém ímpar zomba o astro-rei. A luz pálida e fraca continua lutando para sobreviver, e do chão eu assisto a batalha outonal, implorando para que as nuvens vençam, para que a luz vá embora e leve suas ofensas para longe. Pois muitos esperam na luz, e desejam que ela traga respostas, quando ela apenas te mostra aquilo que você dificilmente alcançará. Eu, bruto, acredito na incerteza das nuvens que escondem, mas não fazem falsas promessas. ___________________________ Marlon Weasdor, 13/04/2012

Anoitecer

Meia luz e o Sol se despede numa mistura vívida de cores, perfumes, toques e sons. Azul se confunde com vermelho sobre um fundo púrpura, tudo envolto em luminosidade dourada. Cheiros que a chuva deixou, a Terra lavada que transpira vida. A brisa que, calma e cristalina, toca a pele, beijo suave, agita os cabelos, arrepia. Frio que chega sem alarde arauto da noite que chega, tímida. Uma linha vermelha no horizonte e nuvens tingidas de vermelho denunciam o sono da Luz, enquanto o pano negro pontilhado de prata se estende pelo firmamento, numa simplicidade magnífica. É nesse momento que as lendas acordam, sendo apenas lendas ou não, o que livra a noite do seres inferiores e nos dá liberdade para apreciar a luz prateada da lua na quietude frágil da cidade. ___________________________ 16/04/2012

União

Séculos desaparecem, sólidos em linhas históricas, relatos de vergonhas e glórias, os milênios evanescem. Areias do tempo deslizam, Cronos devora o universo, sendo eterno, destino certo, vozes distantes ecoam. Anos ficam para trás, mas Coruja e Dragão permanecem contra o tempo tão fugaz. Antigo amor não se desfaz, desde o nascer do mundo tecem seus eternos desejos de paz. ____________________________________ Marlon Weasdor, 03/07/2012. Sobre amar alguém e ter a certeza de que já amou essa pessoas várias vezes no passado.

Ódio e Maldição

Ferve o sangue nas veias de quem grita Acende o fogo no peito de quem vê Arde o chão sob os pés do sonhador Explode ódio no coração, na alma. Céu azul e sorridente a coroar os desejos e os sonhos mais brilhantes daqueles que estão aprisionados na vida que subjuga os justos. Os suspiros que ecoam pelo mundo são os lamentos de raiva e tristeza, a revolta contra as futilidades que são como muitos muros e correntes. Repulsa a arrepiar-me a pele, sinto asco pela falsa alegria dos seres inferiores ao meu redor, aqueles predadores sujos e tolos. Predadores de alma e alegria Caçadores de espírito, malditos Carcereiros com mentes pequenas, Animais perdidos num mundo vazio. Bato as asas para trazer a todos Morte, Dor e Destruição merecidas e o passado será sua morada até o fim da brutal era dos homens. ___________________________ 05/11/2011. Algumas palavras escritas num dia de muita raiva.