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Mostrando postagens de junho, 2012

Oráculo

"Ouço o vento uivando pelas colinas vermelhas. As casas brancas brilham ao Sol com uma força inigualável fazendo meu peito pular de júbilo, me fazendo suspirar, enquanto melodias longínquas são entoadas em minha mente, tão distantes quanto o horizonte, canções de alegria e conquista. Olho para a beleza das águas, o que há de mais azul no mundo, o encanto eterno de mitologias sem fim, de deusas e deuses que nunca morreram. Na claridade do dia perfumado, com flores em cada pedaço de ar, respiro fundo ao perceber que finalmente atravessamos o mundo e voltamos para nosso lar sagrado, A Mais Bela." ___________________________ 09/11/2011. Um poema que encontrei guardado. Para minha surpresa ele não havia sido publicado. Fala de algo tão importante, foi um erro ter me esquecido dele... Enfim, aí está!

Tijolo após tijolo

O homem trabalhava calmamente no porão da casa velha. Não se incomodava com o cheiro forte de mofo, mas de vez em quando sua renite o fazia espirrar e coçar o nariz com a parte de trás das mãos. Lá fora a chuva ainda caía, insistente, e as nuvens escuras traziam uma noite precoce, embora a tarde ainda estivesse na metade. Com a colher de pedreiro ele ajeitava a massa sobre os tijolos, enfileirando o próximo com cuidado. A lentidão de seu trabalho denunciava sua falta de habilidade com aquele tipo de tarefa, mas a consistência da massa e o esmero ao assentar cada tijolo demonstravam que ele estava se esforçando para fazer um trabalho decente. A parede, formada por blocos de concreto, foi surgindo lentamente num canto do porão mal iluminado. Era um espaço pequeno, com pouco mais de um metro quadrado, uma dessas sobras de espaço que ocorrem em construções mal planejadas. De tempos em tempos ele verificava a verticalidade da parede com um prumo. Também usava um nível em cada file