ukapala Não somos martelo nem bigorna, mas sim o metal bruto que precisa ser purificado e moldado. São pancadas impiedosas para nos endireitar, fogo que nos desintoxica, e vez ou outra há o repouso em bondosa água fria. Mas logo o ferreiro torna a nos moldar, entre martelo e bigorna. Se no fim nos tornarmos lâminas afiadas e fortes, terá valido a pena. É a primeira vez que publico um texto assim n'A Caverna, afinal o que comanda aqui é poema e conto, apenas meus textos literários. Escrevo alguma coisa reflexiva vez ou outra, mas guardo para mim, ou às vezes, quando acho relevante, transformo em poema. Como hoje não estou tão inclinado a fazer versos, deixei a mente correr livre com as palavras. Já faz algum tempo que faço essa analogia do martelo e da bigorna, e do metal que se transforma em lâmina boa, pronta para enfrentar qualquer inimigo. É claro que às vezes o aço fica rígido demais, quebradiço, e estas espadas se despedaçam antes mesmo da batalha começar. Ou ficam ma...