Este poema é registro de tempos ruins que ficaram para trás, mas a superação não tira o mérito dos versos. O marinheiro que deu meia volta guiou o navio até o litoral mais próximo. Ele não consegue mais navegar naquele oceano escuro e revolto que leva o nome da vida. Que a praia seja fria e desprovida de encantos; que depois da areia só exista mato e pedras; que o alimento seja escasso; que os ventos frios sejam constantes; que o sol jamais vença as nuvens. Não importa. O marinheiro não navega mais. Não existe destino promissor além do oceano. O navio arde em chamas na areia. A vida acabou. ___________________________ Marlon Vieira, 24/07/2013.