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Para Athena


Parte I
É um precipício
tão frio, escuro, sombrio,
me desafiando,
tão perverso, profundo.
Ele cresce,
chega perto lentamente.

Longe no início,
agora tão próximo vazio,
se aproximando.
A pior coisa do mundo,
enlouquece,
distorce a mente.

Felicidade,
ali, do outro lado.
Ela, esprando,
tão bela e tão suave,
o Tudo da vida
a me olhar com suas dores.

Ansiedade,
medo do fim anuciado,
nela pensando.
Athena, venha, me salve,
ave querida,
rainha de todas as cores!

Sabedoria
em seus olhos eu busco,
a última parte
do “Lá” que você leu,
meu desejo
pulando no peito...

Alegorias,
versos em grito brusco,
apelo da Arte
e do Amor maior que eu
que tanto almejo,
que eu tanto respeito.


Parte II
Gritos e urros.
Eu tenho medo
da dúvida maldita,
extendendo seus dedos
em direção à minha vida
causando desespero.

Eu quero Tudo,
Athena sabe o que é,
sabe qual Tudo
meu coração quer.
Mas sou monstro maldito,
dragão, tolo é!

E se isso sumir?
Precipício odioso!
E se ele se for?
Demônio jocoso!
Amor bem maior?
Amor poderoso!

Tragédia grega.
Qual dança faremos?
Se a sombra se for,
como agiremos?
Tão doces serão
teus olhares serenos...

Para a fase final
da nossa música “Lá”
poderemos sorrir,
poderemos voar.
Como cantam os versos
poderemos lutar!

Não quero cair
e sair sem nada,
com dores pelo corpo,
com a mente roubada.
Podemos reagir,
doce ave amada...



14/10/2010


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