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Quando o monstro desperta


Caverna escura e profunda
Refúgio sagrado de um gigante
Cujas asas tocam o céu
Uma criatura muito antiga
Por muitos temida
Indomável e invencível.

Lá fora, o Tempo segue lento.
Assédios e angústias
Lamentos e detalhes.
Tremores que despertam o gigante.
Dragão que abre as asas
Olhos que se enchem de fogo.

E o Dragão desperta
Com ira para queimar
Ódio repentino que alimenta o fogo
Sangue que cobre seus olhos
Calor que seu corpo emana
Explosão vermelha e dourada.

Ele grita, ele urra
Se agita, pisa e bate
A caverna treme, o chão vibra
Fogo que arde e sofoca
Grito agonizante de ira
Ira sagrada, semente de ódio

Som agudo que vem de longe
Urro profundo que ecoa
Dor que nasce no peito
Quando o orgulho o deixa cego
Quando o exterior o ofende
Quando uma folha cai de forma errada.

O Dragão vomita seu fogo
Queima tudo ao redor
Destrói, urra, traz dor
Se alimenta da Ira repentina
E então volta a adormecer
Cansado, inocente, soberbo.

Marlon Weasdor, 24/03/2011.

Sobre iras e gritos.

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