Vento frio que acaricia. Ora afaga, ora castiga, brisa jovem que logo se transforma. Perfume lançado ao ar. Cheiro de uma época, tempo, essência especial que na agonia se forma. Sol dourado que agoniza . Luz que sorri, experiente, no início do fim de sua própria vida. Sangue da estação. Folhas vermelhas caindo, colorindo o chão com sua velhice elegante. O tempo que passa. Épocas que se renovam, e a Roda nunca para, girando eternamente. A Vida se despede. Não há tristeza, mas certeza de brilho e vigor, luz e calor. Logo o cinza chegará. Logo o frio nos envolverá, mas a Vida retorna logo depois. O Sol nascerá de novo. Num futuro próximo ele aquecerá a Terra com seu sorriso titânico. Mas agora ele se vai. Cheio de calma e beleza, no Outono magnífico, a velhice da Roda do Ano. Marlon Weasdor, 26/04/2011.