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Outono


Vento frio que acaricia.
Ora afaga, ora castiga,
brisa jovem que logo se transforma.

Perfume lançado ao ar.
Cheiro de uma época, tempo,
essência especial que na agonia se forma.

Sol dourado que agoniza .
Luz que sorri, experiente,
no início do fim de sua própria vida.

Sangue da estação.
Folhas vermelhas caindo,
colorindo o chão com sua velhice elegante.

O tempo que passa.
Épocas que se renovam,
e a Roda nunca para, girando eternamente.

A Vida se despede.
Não há tristeza,
mas certeza de brilho e vigor, luz e calor.

Logo o cinza chegará.
Logo o frio nos envolverá,
mas a Vida retorna logo depois.

O Sol nascerá de novo.
Num futuro próximo
ele aquecerá a Terra com seu sorriso titânico.

Mas agora ele se vai.
Cheio de calma e beleza,
no Outono magnífico, a velhice da Roda do Ano.

Marlon Weasdor, 26/04/2011.

Comentários

  1. Olá Marlon!
    Muito bonito este poema, gostei mesmo! Me fez refletir, a respeito do tempo e da vida, o verão se vai, dando lugar ao outono. Mas depois o verão volta, e isto é bom! Sentir o calor do sol nos aquecendo novamente!
    E também fico muito feliz de ver que você gostou do meu blog! Muito obrigada!
    Até breve!

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  2. Que bom que gostou!
    Obrigado pelo comentário, Raphaela!

    Tentei captar a beleza do Outono, que de fato parece ser um tanto agonizante. Mas mesmo que se trate de um momento final, é cheio de beleza e serenidade, e sempre ressurge com um sol brilhante e um clima perfumado na primavera!

    Até!

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  3. Eu também gosto muito do Outono. Ele ainda consegue ser uma Estação bem definida, com um colorido muito próprio. Os ocres e os laranjas fazem lembrar o fogo, que vem purificar e desnudar a terra, para que na primavera, o seu ventre desabroche num colorido estonteante.

    Muito belo o teu poema!

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  4. Obrigado, Luísa!

    É bem verdade, o Outono é o grande fogo que consome o ano

    =D

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