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Pântano e jardim


O vento acalmou as minhas dores vis
num momento de paz após a tormenta,
e não pediu favores ou pagamentos
naquela tarde gelada e cinzenta.
Dormiu o sofrimento
que me afligia
e desapareceu
minha agonia.

O pântano fétido chamado ego
ficou para trás numa doce ilusão,
subjugado por um encantamento
que feriu meu orgulho, levou-o ao chão.
Infértil momento
de sorriso débil,
de vã alegria
e meu amor flébil.

Agora ando num jardim primaveril,
cercado por luzes, tudo é dourado
e meus pés tocam terra firme e seca,
num lindo mas irreal mundo borrado...
Que meu mau pereça,
mesmo que eu pise
em poças de lama
nos dias de crise.

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30/01/2012.

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