Victor (VM7) Nunca entendi muito de carros, mas sempre apreciei o Opala. Modelo maravilhoso, sempre presente nos corações daqueles que admiram a boa arte do design automobilístico. É o tipo de carro que arranca suspiro das pessoas, com seu ronco cavernoso, curvas elegantes, demonstrando o melhor que a indústria dos anos 70 tinha a oferecer. Não há como deixar de observar quando ele passa, é impossível ignorar. Por conta desse magnetismo intrínseco do Opala, cometi um pecado que nunca sonhei cometer. Era noite, fim de inverno, e lá estava eu, caminhando para a faculdade, templo de conhecimento e pensamentos suicidas, quando me deparei com o beberrão mais belo que o Brasil já viu. Estacionado na avenida, bege como café com leite, duas portas, traseira monumental enfeitada por faróis redondos e vermelhos. As luzes dos postes destacavam as curvas com linhas brilhantes, ofuscando os carros ao redor. O esmero do proprietário era evidenciado pela limpeza, a pintura imaculada, ...