Estou lendo um livro de contos de Marina Colasanti , chamado Contos de Amor Rasgados , que reúne contos curtos e cheios de metáforas. Este aqui, Olhando para o horizonte da vida , me chamou a atenção pela maneira pessimista de enxergar a vida, e também pela relação entre a "mutabilidade da vida" e o "tédio". Além do contraste, a fala do tédio chega a ser debochada, como se a tal mutabilidade da vida fosse apenas um conto de fadas. Não concordo com tal pensamento, embora existam momentos em que isso faz todo o sentido. O conto é curto, mas é consegue ser um soco no estômago de quem sonha. Nos faz pensar na necessidade que temos de sentir esperança, e se somos mesmo senhores de nosso destino. Subitamente tocado pela mutabilidade da vida, parou e perguntou-se: "Meu Deus,onde estarei no ano que vem a esta hora?" E do futuro, respondeu-lhe o tédio:"Aqui, quando então te perguntarás,onde estarei no ano que vem,e a resposta será: aqui. Quando então te p...